31/10/2012

O lápis

Sabes como se fazem os lápis?
Então vê, tintim por tintim...

clica na imagem

PROJECTO LEITURAS


Os mandamentos da poupa

    
- Quem ganha um e gasta dois, falta-lhe para depois;
- Quem ganha dois e gasta três, faltar-lhe-á prá outra vez;
- Quem ganha três e gasta quatro, não precisa de bolsa nem saco;
- Quem ganha quatro e gasta cinco, anda sempre com o bolso limpo;
- Quem ganha cinco e gasta seis, falta-lhe para o Dia de Reis;
- Quem ganha seis e gasta sete, gasta mais do que lhe compete;
- Quem ganha sete e gasta oito, anda sempre torto;
- Quem ganha oito e gasta nove, anda sempre pobre;
- Quem ganha nove e gasta dez, já se lhe enrola a cabeça nos pés.


                                                 Contas x contos x cantos e que + : cumplicidades
                                                entre Literatura e Matemática, Ana Paula Guimarães (org.)
 
 
 
              DIA MUNDIAL DA POUPANÇA

30/10/2012

CLUBE DE LEITORES


          Era uma vez uma mulher que, ao escrever sobre contos, reparou que poderia ser assim:
          Era 1x... contos de reis.
          Contos de reis!? E rainhas? Quantas? Contos por serem histórias ou contos de reis por ser dinheiro? Os números misturaram-se com palavras e os contos casaram-se com as contas.
          Teria sido sempre assim? Contar histórias e contar números em todo o mundo, modo igual(=) de dizer ou de enunciar? Ou próximo (=), contos e contas? Seria, alguma vez (alguma x), possível cruzar (x) contas e contos e cantos e que mais (+)?
          Havemos de vos contar muito sobre esta familiaridade entre letras e números daqui a pouco, nesta obra - com ensaios, poesia, provérbios, lengalengas, contos, cantos e tudo o que + nos ocorreu.



24/10/2012

AMI



         Neste mês em que falamos de poupança no Projecto Leituras, temos de nos lembrar daqueles que nem poupar podem.

        Não comas uma goma,
                                          não comas uma chiclete,
                                                                               não comas um chocolate.
       
          Dá esse dinheiro para a   
          

        HÁ COISAS QUE NÃO ACONTECEM SÓ AOS OUTROS. 

                                                                           Peditório, na Escola, nos dias 25 e 26 de outubro

23/10/2012

MÚSICA





BACH SEGÓVIA GUITARRA


A música do ser
Povoa este deserto
Com sua guitarra
Ou com harpas de areia

Palavras silabadas
Vêm uma a uma
Na voz da guitarra

A música do ser
Interior ao silêncio
Cria seu próprio tempo
Que me dá morada

Palavras silabadas

Unidas uma a uma
Às paredes da casa

Por companheira tenho
A voz da guitarra

E no silêncio ouvinte
O canto me reúne
De muito longe venho
Pelo canto chamada

E agora de mim
Não me separa nada
Quando oiço cantar
A música do ser
Nostalgia ordenada
Num silêncio de areia
Que não foi pisada


                                                                         Sophia de Mello Breyner Andresen,
                                                                         Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa
          

22/10/2012

DIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR




              









  Já podes continuar a ler este conto que ouviste, hoje, na sala de aula, ou leste neste blogue, há dias.
  O Ruy está à tua espera para te contar as aventuras que Sophia imaginou, e que tão bem foram continuadas pelo neto, Pedro Sousa Tavares.
  Danuta Wojeiechowska ilustrou-o, como sempre, magificamente.  

DIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR


           
 Hoje é o DIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR,  



                                                  mas  LER é todos os dias.





                                                                                          aLeR+

19/10/2012

MANUEL ANTÓNIO PINA



          Morreu Manuel António Pina.

          Grande poeta, grande cronista.

          Uma voz incómoda para muitos pela sua inteligência, pela sua cultura, pela sua sagacidade, pelo seu desassombro, pela sua coerência.

          Vamos lê-lo.

          Morreu um poeta.

MÚSICA

MÚSICA
como um raio a rasgar a vida, como uma flor
a florir desmedida, como uma cidade secreta
a levantar-se do chão, como água, como pão,

como um instante único da vida, como uma flor
a florir desmedida, como uma pétala dessa flor
a levantar-se do chão, como água, como pão,

assim nasceste no meu olhar, assim te vi,
flor a florir desmedida, instante único
a levantar-se do chão, a rasgar a vida,

assim nasceste no meu olhar, assim te amei,
vida, água, pão, raio a rasgar uma cidade secreta
a levantar-se do chão, flor a flori desmedida.

vidro, tic, tic, os meus dedos tocam o vidro.

                                                                   José Luís Peixoto, A casa, a escuridão

18/10/2012

OPINIÃO


         Há muito tempo que digo que andamos a criar uma elite escondida numa capa de democracia. Todos temos as mesmas oportunidades, teremos?, mas, por um motivo ou outro, que não é o lugar, nem a altura para explicar, essas mesmas oportunidades são mal, ou completamente desaproveitadas.
        As nossas crianças, que se deitam tarde, não têm regras, vêem televisão a mais, têm equipamentos informáticos a mais, telemóveis a mais, estão excitadíssimas, desatentíssimas, sempre ansiosas por mudar de tarefa e de lugar.
        Querendo ser muito avançados, muito como os outros países, as nossas salas de aula transformaram-se com tecnologia. O resultado? Todos nós o sabemos.
         Nem a propósito, no dia 4 de Outubro, a revista Sábado trazia o texto Escola Google sem computador que me encheu as medidas.
          Leiam-no e meditem. As crianças do texto não são filhas de pais com dificuldades económicas e não vivem num país pobre.
          Estas crianças têm a oportunidade de escolha e uns pais que não se demitiram de os educar.

15/10/2012

NOVIDADES


A música continua connosco, uma vez mais, em livro.


                                                                       (Esta colecção tem outros títulos muito interessantes.)


  








As princesas não são apenas personagens de contos de fadas. Existem e escrevem livros, como este, de Laurentien van Oranje, princisa holandesa, com um título muito sugestivo: Mr. Finney e o mundo de pernas para o ar...


14/10/2012

MÚSICA

CONCERTO
(“Concerto nº4” de Paganini. Espetáculo em que a peça principal foi a “música concreta” das palmas.)
O arco
do violinista
apareceu de súbito enfeitado
com fitas, bandeirinhas, cores de música,
laços, harmónicas, faúlhas…

E entre foguetes de pizzicatos
e apoteoses de faíscas
romperam dos subterrâneos da rabeca,
enroladas em serpentinas
de Carnaval,
pombas com caudas em leque
e aplausos nos bicos
misturados com suor e cabelos
do acorde perfeito
final
                                   Bravo! Bravo! Bravo!
                                                                                José Gomes Ferreira, Poesia IV

12/10/2012

PROJECTO LEITURAS


               Hoje, quando o lápis e a caneta estão em desuso, a borracha para pouco serve, embora algumas consciências gostassem de apagar a memória deles e a nossa.
                 No último número da revista Ler, Pedro Mexia, na sua rubrica habitual Ler é maçada, escreve sobre a borracha:
                  Numa época em que os gadgets duram um semestre, os nostálgicos pueris como eu lembram-se dos objectos tecnológicos antigos, banais, arcaicos. (…)
 

              A borracha é uma tecnologia da minha infância. Em miúdo, a borracha fazia parte do «estojo», essa mítica caixinha de utensílios sem a qual nunca seríamos alfabetizados, civilizados ou crescidos. (…)
            E vêm-me à memória imagens das minhas mesas, onde nunca faltavam borrachas rectangulares verdes (para apagar lápis), borrachas ásperas azuis (para apagar tinta) ou até macias borrachas brancas de vinil (para apagar desenhos). (…)
          O lápis, na sua versão moderna, terá sido inventado em 1650, em Nuremberga. Mas demorou até aparecer o pequeno apagador feito de borracha sintética; a princípio usava-se, imaginem, miolo de pão. Só em 1770 se começou a experimentar a borracha, e esta tornou-se resistente, durável, apenas em 1839,…

         Arcaica, ultrapassada, inútil, ou, útil, atual e indispensável, a borracha tem diferentes formas e feitios podendo ser motivo para se começar uma … coleção. Inspirem-se!



MÚSICA



O Universo é composto não de matéria, mas de música.
                                                         
 
                                                                                       Donald Hatch
 
 
 
 
(Frase enviada por Eliana Caramalho, 8º B)
 

11/10/2012

CLUBE DE LEITORES


        












        De Miguel Sousa Tavares, este livro sobre Chopin, a sua obra, a sua vida, a música e, principalmente, sobre a amizade que pode existir entre seres tão diferentes - um humano e um coelho

        Enquanto lês o livro, ou antes de o ler, ou depois de o leres, ouve, com toda a atenção esta peça de Chopin - Nocturno, po.9 nº 2 - e entende melhor essa amizade. Quem consegue traduzir em notas musicais todo este sentimento, tem um coração enorme.


10/10/2012

MÚSICA

O RATINHO MUSICAL

Meu quarto é um violino,
a minha rua um piano
junto ao largo do tambor
é que eu moro todo o ano.

Minha escada é uma harpa,
nos pratos da bateria
vou sempre matar a fome,
seja noite ou seja dia.

Para andar de carrossel
eu ponho um disco a girar.
bato-lhe com a batuta
se um gato me vem caçar.
Para namorar as ratinhas
canto lindos madrigais
e em vez de notas de banco
uso notas musicais.

                                                    Luísa Ducla Soares, A gata tareca e outros poemas levados da breca

09/10/2012

MÚSICA

A Música sempre foi inspiração para a criação de outros objetos. Os lenços de senhora, tão em desuso, mas uma paixão nova e cada vez maior, também foram procurar nesta arte para os seus motivos decorativos.

lenço suíço de homenagem a Beethoven


e lenços assinados por estilistas:

Faith Austin



Faith Austin

Jeanne Miller







 


Jeanne Miller
Jeanne Miller



08/10/2012

SOPHIA

     Era uma vez uma casa muito arrumada onde morava um rapaz muito desarrumado.
     E o rapaz tinha a impressão que não era feito para morar naquela casa.
     Ali os relógios estavam sempre certos mas ele andava sempre atrasado.

     Assim começa um conto inédito, inacabado,  de Sophia de Mello Breyner Andresen que o neto, Pedro Sousa Tavares, continuou. O conto chama-se Os ciganos e foi encontrado pela filha, Maria Andresen, no espólio que a escritora deixou. Pela comparação da califgrafia, pensa-se que terá sido escrito nos anos 60.
     Como, parafrasenado o provérbio, neto e filho de peixe sabem nadar, aguardamos ansiosos pela seu aparecimento nas livrarias.

PROJECTO LEITURAS



O Projecto Leituras tem, este ano letivo, o tema Ler Objetos. A escolha para cada mês foi tão difícil, devido à enorme variedade que se apresentou à equipa que o coordena, que se optou pela leitura de mais do que um objeto por mês.

            Em outubro, leremos música, poupança e o regresso à escola. Os objetos escolhidos vão desde a batuta, que nos faz  recordar Herbert von Karajan,





poder homenagear Daniel Barenboim, e a sua luta pela paz através da música,





ou dar a conhecer a maestrina Joana Carneiro,



ou à partitura, que nos pode deleitar com obras fabulosas como esta - George Gershwin, Rhapsody in blue





07/10/2012

MÚSICA


A música está em tudo. Do mundo sai um hino.

                                                                                                               Victor Hugo

06/10/2012

MÚSICA



      Quem ouve boa música merece - diria um optimista -

nascer noutra vida como flor.



                                                Gonçalo M. Tavares, Viagem à Índia

05/10/2012

MÚSICA




       A música é boa, independentemente do tipo de música que  é.
                                                                                                                                 Miles Davis

04/10/2012

MÚSICA


Por Entre os Sons da Música

Por entre os sons da música, ao ouvido
como a uma porta que ficou entreaberta
o que se me revela em ter sentido
é o que por essa música encoberta

acena em vão do outro lado dela
e eu sinto como a voz que respondesse
ao que em mim não chamou nem está nela,
porque é só o desejar que aí batesse.

                                                         Vergílio Ferreira, Conta-corrente 1

03/10/2012

MÚSICA





A relação entre a vida e a morte é a mesma que existe
entre  o silêncio e a música - o silêncio precede a música e sucede-lhe.


Daniel Baremboim  

02/10/2012



Sem a música, a vida seria um erro.


                                                                                            Friedrich Nietzsche

01/10/2012

E NÃO PODEMOS EXTERMINÁ-LOS?


Na minha visita diária ao blogue Rerum Natura, criado e mantido por pessoas superiores no campo dos conhecimentos, educação, civismo e espírito de dever, deparei-me com um texto de Galopim de Cravalho, que não precisa de apresentações, e deu-me logo uma imensa vontade de transcrever, pelo menos, o primeiro parágrafo.  Logo de seguida, um outro texto de Helena Damião, uma das vozes lúcidas, que me recordou uma notícia lida no fim de semana sobre um “livro” de um “professor universitário” e fiquei com pouca vontade de continuar o meu trabalho.

DIA MUNDIAL DA MÚSICA


O suporte da música

o suporte da música pode ser a relação
entre um homem e uma mulher, a pauta
dos seus gestos tocando-se, ou dos seus
olhares encontrando-se, ou das suas

vogais adivinhando-se abertas e recíprocas,
ou dos seus obscuros sinais de entendimento,
crescendo como trepadeiras entre eles.
o suporte da música pode ser uma apetência

dos seus ouvidos e do olfacto, de tudo o que se
ramifica entre os timbres, os perfumes,
mas é também um ritmo interior, uma parcela
do cosmos, e eles sabem-no, perpassando

por uns frágeis momentos, concentrado
num ponto minúsculo, intensamente luminoso,
que a música, desvendando-se, desdobra,
entre conhecimento e cúmplice harmonia.

                                                                  Vasco Graça Moura,  Antologia dos Sessenta Anos